O Parkinson é uma condição neurológica crônica e progressiva que afeta o sistema motor. A doença é caracterizada pela degeneração das células nervosas em uma área específica do cérebro chamada substância negra, que é crucial para a coordenação e controle dos movimentos.
Os sintomas da Doença de Parkinson podem variar de pessoa para pessoa, mas geralmente incluem tremores (um dos sinais mais conhecidos da doença, começando em uma das mãos ou dedos e espalhando-se para outras partes do corpo com o tempo), rigidez muscular (situação que pode causar dor e limitar a amplitude de movimento) e bradicinesia (lentidão dos movimentos, o que dificulta atividades cotidianas como caminhar, levantar-se de uma cadeira ou escrever).
A instabilidade postural também pode ser um sintoma da Doença de Parkinson. Neste caso, o paciente apresenta dificuldade em manter o equilíbrio, aumentando, assim, o risco de quedas. Isso ocorre devido ao comprometimento do controle postural.
Alterações na fala e na escrita também são comuns e podem surgir aos pacientes, que experimentam mudanças na voz (tornando-a mais suave ou monotônica) e dificuldades para compreender a caligrafia, um fenômeno conhecido como micrografia.
Diagnóstico
O diagnóstico da Doença de Parkinson é, muitas vezes, baseado na avaliação clínica dos sintomas e no histórico médico do paciente. Não existe um exame específico para confirmar a doença. Em vez disso, os médicos utilizam uma combinação de abordagens:
Avaliação Clínica: O médico realiza uma avaliação detalhada dos sintomas motores e não motores, bem como do histórico médico do paciente.
Exames de Imagem: Embora não haja um exame definitivo, imagens cerebrais, como a ressonância magnética (RM) ou tomografia computadorizada (TC), podem ajudar a excluir outras condições com sintomas semelhantes. Exames como a cintilografia cerebral também podem ser usados para observar a atividade dopaminérgica.
Resposta ao Tratamento: Muitas vezes, um diagnóstico de Parkinson é confirmado pela resposta do paciente a medicamentos específicos para a doença, como a levodopa.
Controle da Doença
Embora não haja cura para a Doença de Parkinson, existem várias abordagens para controlar os sintomas e melhorar a qualidade de vida dos pacientes. Uma delas é o tratamento medicamentoso. Neste caso, medicamentos, como a levodopa e agonistas da dopamina, são frequentemente prescritos para ajudar a controlar os sintomas motores. A levodopa é convertida em dopamina no cérebro, compensando a deficiência desse neurotransmissor.
Além disso, os médicos podem prescrever fisioterapia e terapias ocupacionais. A fisioterapia pode ajudar a melhorar a mobilidade, o equilíbrio e a força muscular, enquanto a terapia ocupacional pode auxiliar na realização das atividades diárias e na adaptação a limitações físicas.