Sabemos que a mulher pode desenvolver uma gestação com mais de uma criança, podendo gerar gêmeos, trigêmeos ou até quadrigêmeos.
Os gêmeos idênticos, também chamados de monozigóticos ou univitelinos, são formados quando um único óvulo é fertilizado por um único espermatozóide. O ovo (óvulo fertilizado) se divide em duas células completas, que continuam seu desenvolvimento embrionário.
Os gêmeos idênticos, portanto, têm o mesmo sexo e são morfologicamente idênticos. Além disso, dividem a mesma placenta. Apesar de possuírem o mesmo genótipo (composição genética), os gêmeos poderão apresentar algumas diferenças em seus fenótipos (características visíveis) no futuro. Isso ocorre pela interferência de fatores externos, como alimentação, práticas esportivas e questões emocionais.
Os gêmeos não idênticos, também conhecidos como fraternos, ocorrem quando a mulher libera mais de um óvulo durante a ovulação. Os óvulos separados são fertilizados por diferentes espermatozóides e, depois, implantados no útero da mulher. Portanto, são como quaisquer outros irmãos, pois foram células reprodutivas diferentes que os formaram. Assim, podem ser de sexos diferentes e não têm o mesmo genótipo. Além disso, seu desenvolvimento ocorre separadamente e cada um cresce na sua própria placenta.
Quando um casal faz tratamentos para ter filhos, como a fertilização in vitro, a mulher tem chances de engravidar de gêmeos fraternos. Isso ocorre porque vários óvulos separados são fertilizados por espermatozóides e implantados no útero, para aumentar as chances de sucesso e garantir a gravidez de ao menos um bebê.
A gestação múltipla exige uma atenção ainda maior e é indispensável o acompanhamento médico regular para controlar e evitar alguns riscos que são comuns em casos deste tipo de gravidez, como diabetes gestacional e hipertensão, no caso da mãe, e nascimento prematuro, falta de peso e situações que podem atingir órgãos como o pulmão, por exemplo, no caso dos bebês.